Um pouco por todo Portugal, centenas de empreendedores estão a trabalhar em plataformas para ajudar a combater o coronavírus. Conheça alguns dos projetos e... participe.
Centenas de empreendedores portugueses estão a aproveitar a possibilidade de trabalhar remotamente para contribuírem para o combate ao Covid-19. Algumas startups estão a trabalhar “para a minimização do impacto”, activando as equipas em modo de trabalho remoto. Aquilo que, no final da semana passada era um grupo informal de 25 empresas da comunidade da Founders Founders, tornou-se, dois dias depois, um movimento que conta com mais de uma centena de membros envolvidos e já 12 projetos em marcha.
“Ao adotar medidas preventivas, pretendemos dar o nosso contributo no sentido de controlar o crescimento exponencial do número de infetados, que poderá colocar em risco a vida e o bem-estar das equipas, das suas famílias e da comunidade em geral. Neste contexto, vamos continuar a satisfazer os nossos clientes, a motivar as nossas equipas, e a dinamizar a economia”, explica Rui Couto, VP de growth da Infraspeak.
Os membros do movimento são empresas de áreas tão variadas como cibersegurança, saúde, manutenção, recursos humanos, consultoria, serviços na nuvem, comércio eletrónico, dispositivos médicos, entre muitas outras. O movimento chama-se tech4COVID19 e neste momento já conta com cerca de 12 projetos tecnológicos em desenvolvimento.
“Há tanto talento, potencial e uma capacidade de fazer coisas tão grande dentro das startups portuguesas que a nossa motivação foi direcionar esse potencial para iniciativas que ajudassem toda a gente nesta fase difícil”, afirma Felipe Ávila da Costa, porta-voz do grupo, citado em comunicado.
A ideia do tech4COVID19 divide-se em vários pontos:
Tanto o movimento como os líderes de cada projeto do tech4COVID19 “estão já em contacto com profissionais de saúde e com as entidades competentes, tal como a Direção-Geral da Saúde, os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde e as Administrações Regionais de Saúde, de forma a validarem a sua contribuição, tendo em conta as necessidades atuais do país, sem correrem o risco de criarem obstáculos às operações já em curso”, assinala o movimento em comunicado.
No Facebook, Felipe Ávila da Costa, cofundador e CEO da Infraspeak, uma das envolvidas no projeto, contava parte da experiência este domingo.
“Depois de algumas conversas com fundadores de startups portuguesas sobre como a tecnologia pode ajudar a combater o covid-19, nasceu a “tech4COVID19“. Em menos de 24 horas, 229 pessoas entre programadores, marketeers, gestores, designers e fisiólogos, entre outros, de muitas startups de topo portuguesas, juntaram-se num grupo de Slack e começaram a discutir ideias e a torná-las reais. Agora, temos sete projetos sólidos a andar, que cobrem áreas como melhorar o acesso à informação, coordenar a propagação da doença e uma campanha de crowdfunding para comprar material hospitalar”, detalhou o empreendedor.
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