O principal mercado imobiliário residencial de Lisboa vai resistir à crise provocada pelo Covid-19 com um salto em alta.
A análise dos especialistas imobiliários identifica Lisboa, juntamente com Mónaco, Viena e Xangai, como os "únicos quatro grandes mercados residenciais de referência que deverão crescer até 2020, à medida que o impacto do Covid-19 se fizer sentir nos mercados imobiliários residenciais de luxo em todo o mundo".
A investigação baseou-se em projecções da procura e da oferta, no impacto do Covid-19 nos diferentes mercados das cidades analisadas e "nas diferentes medidas de estímulo anunciadas pelo governo".
Não mencionado no relatório foi o facto de, devido à pandemia, o Governo português ter suspendido o seu programa Golden Visa em Lisboa. O programa provou ser um íman para os compradores de todo o mundo desde 2012 e pode agora continuar a atrair investidores.
No entanto, "a escala da incerteza económica global não tem precedentes e, por conseguinte, é difícil quantificar com exactidão as previsões".
O estudo escolheu "quatro faixas de preços" nas quais colocou as 20 cidades em análise: forte crescimento dos preços (+5% ou mais), baixo crescimento dos preços (0% a 5%), queda de preços plana ou baixa (0% a -5%) e forte queda dos preços (-5% ou menos).
Das 20 cidades analisadas, 16 são agora susceptíveis de assistir a uma descida de preços prime durante o resto do ano, "com apenas uma mão cheia" (sendo Lisboa uma delas) "evitando uma queda em território negativo - quer devido à escassez histórica da oferta, quer porque as transacções puderam continuar durante o encerramento e estas medidas já estão a ser atenuadas", afirmou.
Esta é também considerada uma boa notícia para o Algarve, segundo os agentes imobiliários que esperam que esta tendência se reflicta no mercado imobiliário do sul, que tem mantido um elevado nível de interesse apesar da pandemia.
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Fotografia de Martin Kallur (IG: @mkallur) em Unsplash
